12/18/2012

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Ela não tinha ideia do que estava fazendo. Estava apenas andando pelas ruas, sentindo o cheiro do mar, o cheiro de bossa... quando ele surgiu de algum lugar.
Ele queria saber se ela estava sozinha, se queria ajuda e diante da ausência de resposta foi logo lhe agarrando a cintura, fungando em seu pescoço. Ela não se lembra de o ter encorajado mas deve ter o feito. Os dedos dele estavam gelados embaixo da blusa dela, o que fez com que seus mamilos se arrepiassem em resposta.
Chegaram as pedras como ela queria e depois foi tudo rápido e frio. Seus olhos se fixaram nas estrelas enquanto sentia as fortes estocadas dentro de si. E quando ele acabou, urrando e caindo em cima dela, ela se sentiu suja. Imunda. Podre por dentro e por fora. O empurrou com a maior dose de desprezo que conseguiu imprimir ao ato e se vestiu. Deixou duas moedas em forma de um agradecimento irônico pelo entretenimento.
Ela andou tanto, até não sentir suas pernas, até sentir seu coração congelar, até se jogar no mar e ver tudo apagar.


Inspirado por Paula McLain, pelo ar, pelo além e por uma dose de vodka com morango e açúcar.

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